Covid no RS: seis regiões são confirmadas como bandeira vermelha

O Gabinete de Crise do governo do Rio Grande do Sul divulgou na segunda-feira (29/6) as novas mudanças de indicação de bandeira do modelo de Distanciamento Controlado, em sua 8ª rodada. Seis regiões foram classificadas em vermelho (risco epidemiológico alto): Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, Capão da Canoa, Passo Fundo e Santo Ângelo. Duas com amarelo (risco baixo): Taquara e Bagé. As 12 restantes se situam na bandeira laranja (risco médio). Após análise do pedido de reconsideração, as regiões de Caxias do Sul, Erechim e Palmeiras das Missões mantiveram-se em laranja (no sábado, 27, haviam sido indicadas para a vermelha). Na segunda-feira, o RS apresenta 25.659 casos (aumento de 436 nas últimas 24h), com 582 óbitos (23 nas últimas 24h).

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Em live, o governador Eduardo Leite também anunciou mudanças pontuais em alguns protocolos de três setores – comércio, educação e serviços (ver no final da matéria). Leite comunicou ainda o recebimento de 140 respiradores modelo beira-leito (usados em UTIs) enviados pelo Ministério da Saúde.

Duração estendida da bandeira vermelha

O governador lembrou que as regiões de Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo e Capão da Canoa não poderão ter redução na bandeira na próxima semana por terem sido classificadas pela segunda vez em vermelho no período de 21 dias – todas elas estiveram com risco alto na sétima rodada do Distanciamento Controlado.


“Continuamos observando piora em indicadores nessas regiões, por isso, é ainda mais importante que as pessoas respeitem os protocolos para poderem retornar à bandeira laranja, caso contrário, essas restrições vão se tornar mais duradouras”, alertou o governador.


A vigência começa à 0h de terça-feira (30/6) e se encerra às 23h59 da próxima segunda-feira (6/7).



91 municípios inseridos em bandeira vermelha poderão adotar protocolos previstos na bandeira laranja

Dos 167 municípios que compõem as seis regiões com bandeira vermelha, 91 cidades não tiveram registro de hospitalização e óbito por Covid-19 de morador nos últimos 14 dias. Com isso, podem adotar protocolos previstos na bandeira laranja. Basta que mantenham atualizados os registros nos sistemas oficiais e adotem, através de decreto, regulamento próprio, com protocolos para as atividades previstas na bandeira laranja.

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“Temos quase metade da população vivendo sob bandeira vermelha, o que significa que, sim, que é preciso ter uma série de cuidados e mais restrições para que haja de fato o controle dessa subida de curva. Vamos conviver com restrições por muito tempo, já estamos vendo isso no mundo, em países como China, Austrália, Alemanha e EUA, onde estão voltando a restringir, porque há uma segunda onda da pandemia. Por isso, é muito importante que a gente entenda que a convivência será longa e que precisamos tomar cuidados necessários”, ressaltou a coordenadora do Comitê de Dados, Leany Lemos.


Clique aqui e confira a lista de municípios que poderá aplicar protocolos da bandeira laranja, mesmo em região com classificação vermelha.

Pedidos de reconsideração

Enviados por meio de formulário on-line, o Estado acatou parte dos pedidos de reconsideração apresentados por municípios e associação de locais classificados em vermelho.

Pedidos deferidos: Três regiões – Caxias do Sul, Erechim e Palmeira das Missões – haviam ficado com a média final no limite da classificação entre laranja e vermelho e foram classificadas em vermelho pelo critério de arredondamento. O Gabinete de Crise observou que as regiões tiveram dados estáveis e algumas melhoras na última semana, por isso, optou por reconsiderar a classificação, mantendo-as em bandeira laranja.

Três cidades que também enviarem recursos foram atendidas e passam a ingressar na regra de zero hospitalização ou morte: Ibiaçá (paciente já hospitalizado, transferido para outro hospital, corrigindo dupla contagem), Espumoso (hospitalização registrada referente a período anterior, em abril, e lançamento tardio do dado, pois aguardava confirmação da testagem), e Guarani das Missões (paciente veio a óbito há exatos 14 dias e nenhuma hospitalização).

Outras 19 cidades que apresentaram pedidos nesse sentido já estão automaticamente contempladas a partir do ajuste no modelo adotado pelo governo desde a última atualização.

Pedidos indeferidos: As regiões de Santo Ângelo, Passo Fundo e Canoas apresentaram recursos, mas não foram atendidos, pois os dados regionais requerem atenção, como aumento nas hospitalizações, óbitos e casos ativos. Por causa desses indicadores, muitos em vermelho ou preto, o Gabinete de Crise optou por deixar a bandeira com a cor vermelha.

Sem pedidos: As associações que representam as regiões de Porto Alegre, Novo Hamburgo e Capão da Canoa não apresentaram pedido de reconsideração, apenas alguns municípios de maneira individual de cada área.

Clique aqui e acesse o levantamento completo após a análise de recursos da oitava rodada do Distanciamento Controlado.

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Mudanças em protocolos

Comércio (varejo/combustíveis): Comércio varejista não essencial (de rua, centro comercial e shopping): fica permitido o comércio eletrônico e a tele-entrega na bandeira vermelha. Comércio de combustíveis: maior teto de operação nas bandeiras vermelha (75% dos trabalhadores) e preta (50%)

Educação (estágio obrigatório da área da saúde): Ensino superior, pós-graduação e ensino médio concomitante: fica permitida a realização de estágio final obrigatório para estudantes da área da saúde (assistentes sociais; biólogos; biomédicos; profissionais de educação física; enfermeiros; farmacêuticos; fisioterapeutas; fonoaudiólogos; médicos; médicos-veterinários; nutricionistas; odontólogos; psicólogos; e terapeutas ocupacionais) nas bandeiras vermelha e preta, respeitando o teto de 50% dos alunos e 50% dos trabalhadores.

Serviços (academias e clubes): foi feita uma mudança de redação no modo de atendimento, em vez de atendimento individualizado/coabitante “por ambiente”. Assim, passa a permitir o atendimento individualizado/coabitante em espaços de “mínimo de 16 m² por pessoa”. Bandeiras amarela e laranja: atendimento individualizado ou coabitantes, resguardando mínimo de 16 m² por pessoa.
Vermelha: atendimento individualizado, resguardando mínimo de 16m2 por pessoa; já não pode coabitante. Preta: fechado.

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Entrega de 140 respiradores e aumento de 100% na rede pública

Eduardo Leite também anunciou o recebimento de 140 respiradores modelo beira-leito (usados em UTIs) enviados pelo Ministério da Saúde. Os equipamentos chegaram ao Estado no domingo (28/6). Do total de 140, 112 respiradores já estão com destino definido.


“Destaco o importante apoio do Ministério da Saúde que, mesmo com trocas de titulares, têm mantido firmeza no suporte técnico aos Estados. Com essa leva, atingiremos mais rápido nossa meta de chegarmos aos 1,9 mil leitos de UTI no Rio Grande do Sul, uma ampliação de 100% da estrutura da rede pública hospitalar”, afirmou o governador.


Hospitais que receberão os 122 respiradores:

Município Hospital Respiradores
Alegrete Santa Casa 3
Camaquã Hospital Nossa Senhora 3
Canela Hospital de Caridade 3
Canoas Hospital Nossa Senhora das Graças 10
Canoas HPS 10
Caxias do Sul Hospital Virvi Ramos 5
Charqueadas Hospital de Charqueadas 10
Esteio Fundação São Camilo 6
Gravataí Hospital Dom João Becker 10
Montenegro Hospital de Montenegro 6
Parobé Hospital São Francisco de Assis 6
Restinga Seca Hospital de Caridade 10
Rio Grande Santa Casa 10
Santa Cruz do Sul Hospital Ana Nery 5
Santa Rosa Hospital Vida e Saúde 5
São Gabriel Santa Casa 3
São Jerônimo Hospital de Caridade 5
Soledade Hospital de Caridade 2

 

 

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